quinta-feira, 2 de julho de 2009

A guerra dos sexos, Take1

Hoje é um dia muito importante para mim, caros colegas. E vocês perguntam: porquê?
Passo a explicar. Descobri hoje que tenho uma Margarida Rebelo Pinto dentro de mim. Às vezes não me apetece ser profunda. Às vezes apetece-me ser sarcástica. Apetece-me e pronto. Gosto do verbo apetecer e gosto de analisar as relações entre as pessoas, ou entre os sexos opostos. Posso?

Um casal (como tantos outros):
Ele: Querida, não te importas mesmo que eu vá sair com eles um bocadinho, pois não?
Ela: Claro que não!
O que ela está a pensar neste momento não é propriamente aquilo que lhe saiu da boca para fora. É qualquer coisa do género:

Claro que me importo, meu grande estúpido. És uma besta. Vais para os copos com os amigalhaços e eu fico em casa sozinha, para variar. Não vou dormir enquanto não chegares, mas quando te deitares finjo que durmo profundamente. Amanhã acordo com as mesmas trombas com que me deito hoje e, quando me perguntares o que tenho, respondo-te que não tenho nada. E se pensas que vais ter sexo nos próximos dias, podes tirar daí o cavalinho da chuva. Vou andar, pelo menos, três dias cheia de dores de cabeça e cansadíssima. Portanto, achas mesmo que eu me importo que vás sair?

E pronto, é isto. Uma ou outra menina deve estar a pensar neste momento: mas esta gaja está a dizer mal das mulheres, quando é uma delas? Pois, efectivamente sou mulher e gosto de ser mulher, mas há coisas que não suporto nas mulheres. Para quem possa estar a pensar que eu não regulo bem (efectivamente não regulo, mas isso fica para outro post) aqui vai a minha linha de pensamento, nua e crua:
o facto de o "seu" homem querer sair com os amigos dele de vez em quando, sem ter que a levar atrelada, não é drama nenhum. Eles gostam de sair juntos. Falam de carros, motos e das gajas boas que não podem comer, porque encontraram a mulher da vida deles e não querem outra. Isto se for um gajo sério e que a ame realmente. Por isso, amiga, que tal se também saisse? Não tem os seus próprios amigos? Obviamente que sim, não é? Então, toca de vestir algo bem feminino e que a faça sentir bem, calçar um sapatinho de salto alto e ir divertir-se com os seus amigos! Claro que terá que encontrar outro espaço para estar com os seus amigos, que não o espaço onde o seu amado está com os dele. O objectivo é não estarem juntos, certo? Acabará por divertir-se e sentir-se-á melhor consigo mesma. O "seu" homem agradece a sua atitude, a sua auto-estima também e a relação só sai a ganhar. Com alguma sorte, ainda acabam a "festa" em casa. Desta vez, juntos.

post scriptum:
Castigar o pobre rapaz com abstinência? Indecente, no mínimo. Assim saem os dois a perder.
Pode sempre optar por relegar-lhe todas as tarefas domésticas por uns tempos...


5 comentários:

Pedro Branco disse...

Obrigado pela passagem lá na minha casa. Espero que passe mais vezes. Até para perceber que nem todos os homens são iguais (não estou a dizer que é isso que pensa, mas a MRP é, na minha opinião, pouco perspicaz). Beijos.

ManUel disse...

"vou com eles ao café" ????

Isso é meio caminho andado para lhe dizer que NAO quer que ela vá.

Eu tento sempre levá-la e se não der, pelo menos chegar a um consenso! Tão simples como isto.

Tudo de mim. Ou quase. disse...

Manel...
refiro-me a saídas entres homens. Se tiveres uma saída só com amigos (homens, repito) em que nenhum leve namorada, vais levar a tua? Acho que não compreendeste muito bem o sentido do texto...

Tudo de mim. Ou quase. disse...

Pedro:
passarei mais vezes com toda a certeza. Poderá fazer o mesmo as vezes que entender. A referência à dita senhora era feita em tom sarcástico, caso não tenha notado. E, felizmente, não sou mulher para dizer que os homens são todos iguais. Lido de perto com homens fantásticos, que me fazem ver isso todos os dias.

ManUel disse...

e ela há de sair com as dela... nao percebo qual é o stress. A mim esse caso nem se põe. Quando há saidas dessas, há tanto para um lado como para o outro :)