quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Aviso importante à blogo-tripulação.

Venho informar-vos que, por motivos que não devem ser do vosso interesse nem do menino jesus nas palhinhas deitado, este navio está prestes a afundar-se. Posto isto, para aqueles que não queiram ir ao fundo, tenho lugar para todos noutro barquinho, onde haverá toalhas secas e bebidas quentes para quem queira continuar viagem comigo. Sim, que esta merda não é como no Titanic. Para mais informações, é favor mandarem um e-mail para o endereço que está algures por aqui. Foda-se que isto soou bonito. Bom, até à vista!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Puta que pariu mais ó caralho. Ou assim.

Hoje não fui trabalhar. Amanhã também não irei. Porreiro não é?
Estou acordada desde as sete da manhã. Já fiz o meu café. Já fumei uns quatro cigarros.
Tive que tirar a peida de casa para comprar tabaco, levar o lixo e pôr o cão a fazer o xixi dele.
O cão, não sei se já vos disse mas creio que não, é muito amigo do ambiente. Não fez o xixi na rua, qual quê? Esperou a chegada a casa para fazer o xixizinho no chão da cozinha.
O outro fez o favor de dar sinais de vida e desassossegar-me o espírito. Se bem me lembro, tinha dito que não queria mais notícias dele, mas vá...
Tenho a casa para limpar.
Tenho um cesto de roupa gigante e, acreditem, se fosse crente em Deus até diria, oh meu Deus!, tenho um cesto de roupa gigante, como estava dizendo, para passar a ferro.
O meu cão apareceu-me há coisa de minutos, sorrateiro, com o focinho cheio de areia. Acabou de descobrir as maravilhas da areia onde a gata, coitada que ela também precisa, faz as merdas dela.
Foda-se.

Tirando isto está tudo bem.



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Parecendo que não, é fodido.

Chegar à oficina, estar a sair do carro e ouvir o patrão dizer ao empregado:

- É para trocar os pneus da frente e mudar o óleo à senhora.

Pronto, a senhora era eu! E eu tenho pneus? E eu preciso de mudar o óleo?


Agora não sei se devo rir ou chorar, oh foda-se!



terça-feira, 9 de novembro de 2010

No trabalho...

Ela: Está mesmo frio!
Eu: Está?! Nem tinha sentido... Mas adoro quando me contas novidades dessas.


Conversas sobre o estado do tempo são sempre produtivas e interessantes. A novela das seis surte o mesmo efeito.

domingo, 7 de novembro de 2010

A sério que fico extremamente constrangida

...quando ouço uma mulher falar mal de si mesma só para receber um elogio. Ontem, estando eu à espera de ser atendida num daqueles sítios onde o prato do dia é sempre o mesmo, fast-food, ouço qualquer coisa que me faz voltar a cabeça. " Não posso comer isso porque qualquer dia fico gorda como uma vaca.". Quando olhei para a pessoa em questão vejo uma miúda nova e magra. Até arriscaria dizer, boa. Confusos? Estive mesmo, mas mesmo mesmo, para lhe perguntar, então e nesse dia em que fores gorda como uma vaca também vais dar leitinho, querida? Eh pá, o ponto a que algumas pessoas chegam só para receberem um elogio. Enfim. Acabei por não lhe fazer a tal pergunta. Creio que teria sido um bocadinho indelicado da minha parte.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Não sei bem que título dar a isto.


Até podia falar na bela merda que o meu cão fez ali no chão da sala, depois de o ter levado à rua. O diabo do animal tem personalidade, lá isso tem! A calçada não lhe serviu para fazer o "serviço", por isso espera pela chegada a casa para fazer o mesmo.

Bom, mas não era isto.

Hoje, enquanto ia distraidamente a caminho do trabalho, surgiu-me um pensamento. Surgem-me bastantes pensamentos, agora que penso nisso. Na verdade, aqui a je farta-se de pensar. Não de um modo filosófico. Longe disso. Na grande maioria, os meus pensamenos revelam-se estúpidos. E então, hoje, a caminho do trabalho, como estava eu dizendo, ocorreu-me um desses pensamentos estúpidos.
E o que terei eu pensado? ( Agora é aquele momento em que eu imagino que, efectivamente, quem lê o blogue elabora esta pergunta mentalmente...)

 Se todas as pessoas tivessem tomates, o mundo seria um sítio muito mais agradável para viver...

Calma!
Eu gosto muito de ser mulher! Tirando alguns acessos de fúria, o facto de ser algo desastrada e nem sempre um exemplo de delicadeza, tirando a minha incontinência verbal no que concerne uma linguagem menos própria para uma senhora (segundo a opinião de alguns ), bom, tirando isso tudo e mais algumas coisas que não me ocorrem no momento, até sou muito mulher.
Mas, raios! Uma mulher pode ter tomates, ou não?

Se todas as pessoas tivessem tomates, o mundo seria um sítio muito mais agradável para viver...

E quando penso nisto nem sei se hei-de sentir orgulho de mim mesma, se hei-de sentir pena por algumas pessoas. É que tenho impressão que às vezes os meus tomates são dignos de competir com um qualquer fenómeno no Entroncamento. Depois lá me lembro que isto de ter tomates não é para todos. Mas não consigo deixar de pensar...


Se todas as pessoas tivessem tomates, o mundo seria um sítio muito mais agradável para viver...



Tudo isto porque ter capacidade para pegar o touro pelos cornos, tomar decisões difíceis, que sim, são difíceis, mas são as mais acertadas, saltar sem saber se o pára-quedas abrirá ou se nos esborrachamos no pó do caminho, enfrentar um olhar, ousar discordar e argumentar, arriscar e talvez perder, continua a não ser para todos. Só mesmo para quem tem tomates.




quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Alguém conhece?



Eu pensava que só existiam dois géneros de pessoas. Pessoas do género masculino e pessoas do género feminino.
Nos últimos tempos, passei a ter conhecimento de outro género de pessoas.
Sabem aquele género de pessoas que, no meio do infinito amor que dizem nutrir, vos promete o céu, as estrelas e a Via Láctea inteira? Aquele género de pessoas que tem muitos princípios? Aquele género de pessoas cheias de moral e bons costumes? Aquele género de pessoas que faz de tudo para parecer politicamente correcto ( nota de rodapé: Estas pessoas não costumam ter um partido. Na verdade, vivem para agradar e nunca ferem susceptibilidades. )? Sabem? Conhecem? Anyone?

Eu pensava que não conhecia, mas fiquei a conhecer.

O (des)prazer foi meu e ala que se faz tarde!

Na minha vida não há espaço para pessoas deste género.
Por isso, para vocês, sim, vocês que se incluem neste terceiro género, só duas palavrinhas:


Vão-se foder! 






Pronto, não sou politicamente correcta e daí?
Sim, tenho opinião própria!
Sim, sou determinada.
Não, nunca me sentarei confortavelmente, qual espectadora da minha própria vida.
Nunca mudarei a minha vida para modo stand-by para que alguém tenha tempo de decidir o que quer que seja. A minha vida não pára!

Por isso, meus queridos deste terceiro género, se quiserem, até podem fazer-me um pirete. Mostrar-me o dedinho do meio. De qualquer forma, eu mostrei o meu primeiro!


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mas quê??

R. (três maravilhosas primaveras ), no fim de mais um dia passado no infantário:



- Mãe! Mãaaaae!
- Sim, R.?
- Eu sei! Eu sei!
- Tu sabes o quê?
- Eu sei que tu não tens uma coisinha e o pai não tem uma pilinha!
- Ai não?
- Não! Tu não sabes!!!

Nisto, faz um ar muito importante:

- O pai tem um pénis e tu tens uma vagina...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Coisas que me deixam absolutamente possuída!



Eu detesto que estraguem as minhas revistas. Tenho um apreço especial por todas as Vogue's que já comprei e que guardo religiosamente. Uma pequena parte dessas revistas estava por baixo de uma das mesas sala. Eis se não quando, acabada de sair da casa-de-banho, me deparo com a cena que podem ver aí em baixo. Quase fiquei irritada. Quase. O meu lindo cão a roer as minhas revistas, enquanto a gata, já com idade para pôr algum juízo no cão, apreciava a cena. Lindo... Mas como não cheguei a ficar irritada e me fiquei só pelo quase ainda fui buscar a máquina fotográfica para registar o momento. Só depois fui acabar com aquela rambóia que estava a acontecer debaixo da mesa.






Após um belo raspanete, o diabrete ainda fica com estes olhinhos de carneiro mal morto, como quem diz não fui eu...

Arghhh assim é impossível ficar zangada. Chantagista emocional!






Vá, eu sei, eu sei, a minha vida não tem nada de interessante e, como não tenho bebés, não posso falar de fraldas e babetes, papas e merdas desse estilo, mas eu tinha avisado...

sábado, 23 de outubro de 2010

Depois não digam que eu não avisei!

De modo que as coisas por estes lados têm que mudar um bocadinho. Não, não vou deixar de ser Eu. Vou limitar-me a alimentar o Eu que, pelo menos por agora, mais quero ser. Vou restringir o acesso a este blogue a algo parecido com o coração que me bate no peito. Doravante, tentarei que este desempenhe unicamente a sua função vital no meu corpo, que é humano.
Preciso de alguma leveza. E não, não me refiro a perder uns quilos. Preciso de escrever (mais) inutilidades. Coisas que me passem pela cabeça mas não me façam pensar muito, se é que me faço entender...
Por isso, meus caros leitores, mais ou menos assíduos, comentadores ou não:



* não esperem que seja extremamente profunda na forma de escrever;
* não esperem a descrição de uma vida fantástica, socialmente agitada, porque essa não seria a minha;
* não esperem, no entanto, que venha a adoptar uma linguagem com muitos :-) e =) e ;-) e :( e ;-( e lol's pelo meio ( tirando esta excepção que se deu agora, eu ainda sou da velha guarda e isto não faz propriamente o meu estilo );
* não esperem que me renda ao novo acordo ortográfico porque, se assim fosse, qualquer dia ainda me confundia e começava a pensar que estava no Brasil, galera! E eu estou em Portugal, minha gente, por isso, eu escrevo o português de Portugal, não o português do Brasil. As coisas estavam bem como estavam, ok?
* não esperem sentido de humor, aliás, não esperem nada. Não posso, portanto, prometer-vos muitas risadas às custas das linhas que aqui deixo;
* não esperem uma linguagem extremamente cuidada. Não me apetece, pura e simplesmente. Por isso, não fiquem muito ofendidos se virem algumas ou mesmo muitas, hum, como dizer, caralhadas por aqui. Sim, porque eu sou gaja de dizer algumas ou mesmo muitas asneiras. As mesmas que não terei pudor em escrever;


* não esperem que cumpra tudo o que referi anteriormente, porque um dia posso ter uma crise de amnésia, chorar baba e ranho e começar a escrever lamechices.



Se, ainda assim, decidirem ler, volto a repetir.. depois não digam que eu não avisei antes, boa?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É para ver se aprendes, B*zinha!

Para a próxima, se houver uma próxima, tenta não dar tanto.

É certo, quando dou, dou tudo, dou o melhor e o pior de mim. É certo, às vezes (imensas), tenho um feitio de merda e nem sempre sou a pessoa mais agradável do mundo. É certo, porra, que sou honesta, sou sincera, sou leal e todas aquelas coisas que parecem muito apreciadas nos outros mas que nem todos os mortais conseguem ser.
Fui levada a tomar uma decisão que não queria tomar. Porque não era nada disto que eu queria. Não era nada desta merda que eu queria, OK??? Quando tem que se optar entre uma de duas coisas que nos magoe, acabamos sempre por optar por aquela que nos magoa menos a longo-médio prazo. Mas no fundo queremos uma terceira hipótese que nem existe, uma terceira opção, aquela que nos faria estar bem. A verdade é que esta que escolhi magoa demais e não sei quanto mais tempo vai doer assim. Tenho a porcaria do coração em cacos porque acreditei naquilo que, um dia, pensei nunca vir a acreditar. Acreditei.
E agora tenho esta porcaria toda espalhada no chão. E agora nem sei como voltar a juntar tudo. E agora não sei se haverá cola que me valha.

Agora, put@ de vida, vê se me deixas morrer por um bocadinho que isto há-de acabar por melhorar.*

.  

*Metaforicamente falando, claro.




Pequenos grandes amores.








... e eu estava a chorar sentada no chão. Ele sentou-se ao meu lado e não puxou a minha roupa com os dentes, num acto de brincadeira. Encostou apenas o focinho húmido à minha perna e deixou-se ficar assim, a olhar para mim.

... e eu sorri.





quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Há dias assim.








Podia arranjar-me e sair um bocado. Tomar um café. Ou ir ver aquele filme que estreou e que deve ser interessante. Podia continuar a ler aquele livro cujo marcador está na mesma página há dias...

Podia simplesmente telefonar a alguém e dizer que às vezes a vida é uma treta,que isto de ser gaja forte é uma grande merda e há coisas que doem. Há coisas que doem para cara***.
 Hoje não me apetece nada. Não me apetece ouvir. Não me apetece falar mais. Não me apetece pensar ou sentir. Não me apetece comer. Não me apetece. Hoje não. Amanhã. Amanhã é outro dia.

E o amanhã é sempre melhor, não é?



 
Eu prometo que amanhã vou pensar (mais) em mim.
 
 
 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E pronto, é só para informar...

... que estou com uma tremenda gripe.


E há uma ligação qualquer entre o coração e o cérebro que está em permanente curto-circuito.





Tenho dito.






quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Contra todas as probabilidades, elas falham-me. As palavras. Aquele misterioso encadeado de letras ao qual nos habituámos a atribuir um significado. Falham-me. Silêncio. Tento ouvir a tua voz, outrora poesia em mim. Cedo. Ainda não sei em que momento comecei a morrer. Talvez algures entre o momento em que a voz nos doeu e calou e o dia em que sucumbi, amputada de amor.
Tenho saudades de mim. Tenho saudades de me encontrar em mim quando olho para dentro do peito. A dúvida. A estúpida dúvida que despe as assimetrias dos sentimentos. É nesse preciso instante que me contenho nesta que já não sou eu. E todas as palavras deixam de fazer sentido. A dúvida. Castradora. Testemunha de silêncios incómodos em que os olhos se perdem no chão.



Alguém diria que as árvores morrem sempre de pé. Eu continuo a não saber em que momento comecei a morrer.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Às vezes fico apenas assim. À espera de algo que me resgate de mim mesma.

terça-feira, 11 de maio de 2010

177 horas...



 





... 10620 minutos...

... 637200 segundos...


é muito tempo.





Demasiado tempo.





segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sim, neste blogue (também) há espaço para pensamentos estúpidos.







Hoje, ouvi um senhor dizer que já que veio das Ilhas para o Continente para assistir à vitória da equipa do Jesus, aproveitava e ficava mais uns dias para ver o Papa (assim, fica tudo em família). Isto sim! Isto é que é fé. Isto é que é esperança, mesmo depois de tantos anos de sofrimento. Posto isto, talvez tenha lógica pensar que o número de peregrinos benfiquistas  a caminho de Fátima aumentou susbstancialmente. Eu acho que sim. Ao menos que agradeçam!

Não, isto não é despeito de portista a falar mais alto. O meu único clube continua a ser o do Contra. =)



E agora, se me dão licencinha,
vou ali ter uma conversa directamente com Deus,
 que isto de andar com intermediários não dá com nada...




terça-feira, 16 de março de 2010

Aceito opiniões!!! Não custa nada, é de borla...






A pintura deste banquinho foi a descoberta de uma paixão que, pelos vistos, estava adormecida em mim...


Só não sei, por enquanto, se este será o início de algo diferente.
Espero as vossas opiniões acerca desta pequena "obra"!  =)



Agradecida, sim?



segunda-feira, 15 de março de 2010

Adoro esta mulher!

(...)

You know I love you baby
More than the whole wide world
I'm your woman
You know you are my pearl
Let's go out past the party lights
We can finally be alone
Come with me and we can take the long way home
Come with me, together we can take the long way home
Come with me, together we can take the long way home
 
(...)

 The long way home

Norah Jones



sábado, 13 de março de 2010

Possibilidades.



Existe a possibilidade de retorno. Existe a possibilidade de recaída.
Existe a possibilidade de ela voltar à quimioterapia e o cabelo cair uma vez mais.
Existe essa possibilidade.
E eu não sei o que lhe dizer. E eu não sei como.


Porque não há um momento certo. E todas as palavras parecem, simplesmente,
erradas.

terça-feira, 9 de março de 2010

Da saudade e outros demónios.




saudade s.f. melancolia causada pela lembrança de um bem de que se está privado; mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou acções; pesar; nostalgia (...) ( Do lat. solitate, «solidão»).



A saudade é bem mais complexa do que aquilo que pode ler-se no dicionário. A saudade não é necessariamente ausência. Porque, não raras vezes, chega ainda antes da despedida. Porque se pode ter saudade daquilo que nunca se teve. Porque a saudade aparece quando ansiamos por aquilo que está por vir. Porque a saudade é um estado. Chega quando quer. Enlaça o coração num abraço que se vai apertando cada vez mais e deixa como resquício um batimento pausado e quase inaudível. Nada diz. Vai ficando.



Às vezes, até quase se esquece que ela está ali...



quando a única coisa que vem quebrar a quietude deste silêncio quente e confortável é o chilreado agonizante, lá longe, de um pássaro a quem partiram as asas.


segunda-feira, 8 de março de 2010

Da condição feminina. Ou da falta de condições...







Em dias como este, o que me apetece mesmo é ficar aninhada em casa e não pôr o nariz na rua. Os restaurantes estão atulhados de mulheres. Demasiado barulhentas. Demasiado animadas e excitadas só porque vão jantar fora no Dia da Mulher. Demasiado humilhante, enquanto mulher, ver que muitas mulheres só saem com outras mulheres neste dia do ano. Demasiado triste ver que, afinal, este dia parece diminuir a condição feminina. Algumas parecem autênticos bichos enjaulados que finalmente se viram livres. Para quê haver uma data específica para sair e fazer uma jantarada entre amigas e /ou colegas de trabalho? Este dia surgiu aquando das manifestações femininas por direitos iguais entre homens e mulheres, Ora, por essa ordem de ideias, teria que haver um Dia do homem, certo? Sei que não há regra sem excepção e nem todas as mulheres são iguais mas, muitas delas, só se juntam para "celebrar" a sua condição de mulher neste dia. Como se fosse preciso determinar no calendário um dia específico para o fazer...

Chega a roçar o ridículo, todo o aparato, todo o frenesim em volta deste dia. Ouvia eu hoje, enquanto regressava a casa, uma senhora a falar com uma amiga ao telemóvel. O pobre diabo estava numa agitação tal que até me deu vontade de rir. Teve um problema qualquer num pé e, contava ela à amiga, quando foi ao médico disse-lhe logo que fizesse qualquer coisa ao pé, mas que não podia faltar ao jantar do Dia da Mulher. Será este dia assim tão importante?





Em dias como este, eu recuso-me, simplesmente, a sair.



Calendário algum me ditará as regras de como ser (mais) mulher.
 
 
 
 

terça-feira, 2 de março de 2010

Mas porquê eu????







A B. sempre foi um bocadinho teimosa... Pronto, pronto, bastante.



 Em dias longínquos, no tempo em que a mãe da B. ainda tentava fazê-la comer verduras...


Mãe da B. ( com cara de poucos amigos) - Come os legumes e não digas que não gostas porque ainda não provaste!

B. - Não quero! Ó mãe, não consigo! Não posso! Isto sabe a erva!





Agora digam lá se eu não tinha um grande poder de argumentação?!

Uma pequena nota... eu nunca comi erva na minha vida.

E, pensando bem, nunca disse que não a mousse de chocolate.
Ou a nutella às colheradas.
Ou a baba de camelo.
Ou a qualquer coisa desse género...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O drama. O horror. O outro lado da notícia.

Como qualquer português, também eu fiquei chocada com o que se vem a passar na Ilha da Madeira. Os danos não serão apenas materiais mas também emocionais e não imagino sequer o que que sentirão as pessoas que estão a passar por esta tragédia. Há quem tenha perdido toda a família... No entanto, há uma coisa que me apoquenta e até chega a irritar-me. Qualquer catástrofe que aconteça em Portugal (continental ou ilhas) nunca tem a projecção mediática de uma catástrofe que aconteça noutro canto qualquer do mundo. Para alguns até será bastante difícil encontrar Portugal no globo terrestre... (Nunca esquecerei a célebre frase de Whitney Houston no início de um concerto no nosso país: "Boa noite, Espanha!". Ou a garrafa de uma bebida qualquer, "made in Spain", cujo rótulo tem o mapa de Espanha mas com o mapa de Portugal incluído ... Pensarão os Espanhóis que Portugal é uma província espanhola?).

Agora lembro-me do Haiti. Aquilo que aconteceu por lá teve outras proporções, é certo, mas eu pergunto:e se fosse no nosso país? Haveria todo aquele mediatismo que chegou a ser abusivo? E a Madeira? Que tipo de ajuda receberá do estrangeiro?

Lembro-me ainda de outro caso  que nada tem a ver com catástrofes naturais mas é o exemplo de que o "estrangeiro" tem sempre mais atenção. O "caso Maddie" assolou durante meses a fio os canais portugueses... Se fosse uma criança portuguesa a desaparecer no Reino Unido receberia a mesma atenção? Pior: uma qualquer criança portuguesa desaparecida em Portugal, como tantas vezes já aconteceu e, infelizmente, continuará a acontecer, nunca recebeu por parte dos media e talvez das entidades competentes o empenho que aquela menina recebeu.

Pelos vistos, o Cristiano Ronaldo dedicou um golo à "sua" Ilha. Eu tenho a dizer, Cristiâne mê filho, e que tal se enviasses um milhãozito ou dois? Ajudava mais do que um golo... e , pelo menos, vinte e cinco famílias precisam de uma nova casa.

O meu namorado costuma dizer que os brasileiros (não generalizando, claro) são algo fanáticos e hoje sinto-me obrigada a dar-lhe razão. Hoje encontrei algo que me deixou atónita e passo a "mostrar-vos":

Aquando da tragédia no Haiti, do alto da sua inquestionável sapiência, uma rapariga de nacionalidade brasileira escreveu assim:

"Terremoto no Haity. O maior em 200 anos. Qual a sua opinião? Castigo de Deus ou da Natureza?
Digo castigo de Deus devido á religião deles, pois é parece que um religião super diferente. Ouvi dizer que seria um tal de ''vodoo''. Sei lá!
Castigo da natureza, por causa das grandes multinacionais situadas no mundo atual.
E vc? Qual a sua opinião sobre o maior terremoto ocorrido em 200 anos, e sobre os milhares de mortos??"

Despois disto, pouco mais há a dizer... A estupidez e limitação humanas no seu melhor...

Bom, será melhor ficar-me por aqui porque são muitas as ideias a fazer curto-circuito na massa cinzenta e, daqui a pouco, nem eu me entendo. Para além do mais, mesmo não sendo jornalista, não trabalhando para a TVI ou um semanário qualquer, a coisa pode aquecer para o meu lado e ainda vêm fechar o meu estaminé. Nunca se sabe. Portanto, se perguntarem por mim, digam que fui ali e já volto!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Homens... quem os entende?


 


Já tinha ouvido falar em depressão pós-parto. Só nunca tinha ouvido falar em depressão pós-corte-de-cabelo. Pois então. Há uns tempos fiz um corte de cabelo um pouco diferente do habitual e, embora não tenha cortado assim tanto, o resultado final deixa-me com os nervos em franja. Literalmente. Hoje, estando eu, desgraçadinha, a fazer os queixumes ao sodôno meu namorado, eis que ele se sai com esta pérola:

- B.B., sabes que os homens não têm esse tipo de problemas... quando não gostam do corte de cabelo, rapam-no e fica tudo resolvido...

Depois, fiquei a pensar...

Seria isto uma sugestão???

Agora, será que podem devolver-me o meu cabelo?
Podem?
Pleaaaase!
Agradecida.




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O que fazer?


Fotografia de Paulo Madeira



O que fazer quando alguém consegue resgatar-nos o sorriso que a alma perdeu nos becos da vida?


O que fazer?





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Que grande cozinheira que eu sou!


Eu sou assim para o viciada em batatas fritas. Hoje à noite, toca de por as batatas na fritadeira e vir ao quarto. Qual não é o meu espanto, quando chego à cozinha e tinha as minhas batatinhas quase todas queimadas! Apetece-vos chorar? Apetece? Pois chorem. A mim apeteceu-me fazer o mesmo...


Não é para me vangloriar, eu até sou uma cozinheira de mão cheia. Mas, muito de vez em quando, acontecem-me estes pequenos acidentes.

Pronto, um dia destes também me esqueci de pôr sal no arroz, mas foi pura distracção.


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Do amor.






Respiro fundo antes de entrar no quarto. Magoa-me olhar para ela. Parece que diminuiu de tamanho e respira fragilidade. Abraço-a de mansinho e dou-lhe um beijo na testa. Sorrio e pergunto-lhe se hoje se sente melhor. As dores continuam a ser muitas, responde ela tristemente. Mas o pior era não poder sair dali. Não lhe digo, mas ela nem sonha a vontade que tenho de tirá-la dali... Explico-lhe, com muita calma, como se ela fosse uma menina de quatro anos, que agora tem mesmo que ficar ali para ficar boa depressa. E que tem que se portar bem e fazer tudo o que os doutores lhe disserem porque é para o bem dela. Ela ouve-me com atenção e com a cabeça acena afirmativamente. Acha que eu não devia ir lá todos os dias, que preciso de descansar e eu só lhe respondo que não me custa nada. Sorrio novamente. Não custa mesmo. Ela diz que não precisa de tantas visitas, mas eu sei que o olhar dela às 14h está fixo na porta de entrada do quarto, ansiando o chegada de uma cara amiga. Detesto este cheiro a hospital, detesto estas paredes brancas, as camas todas iguais, esta frieza que torna tudo impessoal. Detesto vê-la aqui. Ontem trouxe-lhe rosas da sua cor preferida, amarelas. Hoje levei-lhe bolos. Pouco falamos, chega mais gente ao quarto e eu deixo-me ficar sentada na cama a dar-lhe a mão. Não lhe digo que fui encontar o avô em casa a enxugar os olhos, envergonhado. Ele foi educado para não demonstrar sentimentos deste tipo. E eu fingi que não vi para lhe poupar o embaraço. Não lhe digo que parece mais velha, que cada dia que passa no hospital lhe aumenta dez anos nos olhos e que está realmente abatida. Mascaro tudo muito bem com um sorriso porque tenho que ser forte, por mim e por ela. Amanhã, quando voltar, não lhe direi que hoje, no regresso a casa, lambi lágrimas durante todo o caminho. Às vezes, amar também é calar.



16 de Junho de 2009
 
 
 
 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A Corset pergunta...



Questão 1: Tens medo de quê?
Tenho medo de um dia vir a pensar que já não tenho nada a perder.

Questão 2: Tens algum guilty pleasure?
Comida!

Questão 3: Farias alguma loucura por amor/amizade?
Não me imagino a não fazer pequenas (algumas grandes) loucuras... Querem testemunhas?

Questão 4: Qual o teu maior sonho? Responder paz, amor e felicidade é trapacear ;)
Se eu fosse Miss Universo gostava que houvesse imensa pa... errr

Não tenho grandes sonhos. Alimento-me de realidade e o resto... o resto é imaginar aquilo que um dia há-de ser.

Questão 5: Nos momentos de tristeza/abatimento, isolas-te ou preferes colo?
Prefiro isolar-me com um bom colo.

Questão 6: Entre uma pessoa extrovertida e uma introvertida, qual seria a escolha abstracta?
Extrovertida.

Questão 7: Sentes-te bem na vida, ou há insatisfação além do desejável?
Insatisfeita por natureza. Optimista por necessidade.

Questão 8: Consideras-te mais crítico ou ponderado? Sabendo, contudo, que existem críticas ponderadas.
Pouco ponderada no que diz respeito a opinar ou criticar. Com alguma falta de tacto, infelizmente. Se não querem a minha opinião sincera não a peçam.

Questão 9: Julgas-te impulsivo, de fazer filmes, paciente...? Define-te, de uma forma geral.
Impulsiva. Impaciente. Explosiva. Ligeiramente arrogante. Cinema? Cinema e teatro! Ah! Se querem saber se tenho alguma qualidade no meio disto tudo... falem com quem me conhece.

Questão 10: Consegues desejar mal a alguém e, normalmente, concretizar? Sê sincero.
Consigo desejar. Quanto à concretização, muitas vezes, basta esperar e ver.

Questão 11: Contens-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)?
Sou contida quando a ocasião e/ou local o exige.

Questão 12: Qual o teu lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?
Ambos.

Questão 13: Casamentos homossexuais e direito à adopção?
Casamento, sim. Adopção, por enquanto, não.

Questão 14: O que te faz continuar o blogue?
Teimosia. Serve?

Questão 15: O número de visitas e comentários influencia o teu blogue?
Ele diz que fica muito contente.

Questão 16: Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria?
Não gosto de utopias...

Questão 17: Devia haver encontros de bloguistas? Caso sim, em que moldes? Caso não, porquê?
Na minha opinião, um encontro pressupõe que duas ou mais pessoas, de alguma forma, se juntem e troquem ideias. Por isso, sim. Se existirem pessoas dispostas a fazê-lo acho bem.

Questão 18: Sabes brincar contigo e rir com quem brinca contigo? Sem ironias.
Sim. Mas também choro. De tanto rir...

Questão 19: Quais são os teus maiores defeitos?
Aiii Mas eu não tenho feito outra coisa que não fosse enumerar os meus defeitos!

Questão 20: Em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?
Acho que demorei tanto tempo a responder a esta que o tempo expirou...

Questão 21: Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?
Pc com internet.

Questão 22: Elogias ou guardas para ti?
Depende das pessoas.

Questão 23: Tens humildade suficiente para te desculpar, sem ser indirectamente?
Creio que sim.

Questão 24: Consideras-te, de grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?
Pragmática.

Questão 25: Perdoas com facilidade?
Não.

Questão 26: Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?
A perda.

Os quatro bloggers massacrados são:

A Place Like Home
Diabo de Roupa Curta
Contextos e Entrelinhas
Palpit' Aqui

Não é o dia das mentiras mas...


O meu mais-que-tudo achou por bem presentear o meu blogue com este selinho. 
Pronto B.B., é jeitosinho, bonitinho e tal, e até fica bem aqui. Agradecida, sim?

 


Comentários? Só pessoalmente! =P



As regras do selo são:

- Oferecer o selo a 10 blogs;
- Avisar os indicados;
- Dizer o que achou do selo;
- A pessoa que receber o selo, deve deixar um comentário à pessoa que o passou;
  
E o selo vai para:

Contextos e Entrelinhas
Maçã e canela
Diabo de Roupa Curta
Keep On Walking
Reflexos
Palpit' Aqui
Cridos de Portugal
*Gira [Com O] Sol
made in love
No mundo dos espartilhos de seda

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Desabafo (sem) sentido.







Às vezes, penso apenas que ninguém me vê realmente.



sábado, 16 de janeiro de 2010

Qualquer coisa do coração ou da alma. Qualquer coisa por aí...








Tenho que arranjar uma armadura para esta coisa esponjosa a que chamam coração.



É difícil. Magoa, o facto de não podermos fazer planos para hoje. Não nos podermos encontrar daqui a uma hora, por exemplo, no café que fica naquela ruela íngreme perto da minha casa. Não podermos fechar os olhos, todas as noites, no carinho adormecido nas veias. Dói.


Resta-nos muito. Resta-nos tudo. Só não temos o agora, aquele tempo presente em que há margem para surpresas de última hora. Não nos resta a distância. A distância é o que sobra. É o que está a mais. Temos o presente, com hora marcada, e o futuro. Quem sabe, um futuro.


Por enquanto, vou tentando arranjar formas de aniquilar esta pontada que insiste em dilacerar-me o peito. Bem sei, se te falar disto tentarás apaziguar-me docemente, dizendo que é assim que tem que ser. Que o futuro virá. E eu fico pequenina. Sou pequenina. Sou impaciente. A espera sem tempo definido deixa-me perdida. O ar provoca-me remoinhos no peito enquanto não chegas.


Gostava de conseguir mentir-te. Dizer, no meio de um sorriso, "Demora o tempo que for preciso, que eu aguento-me.". O problema é que não consigo...


Não precisavas dizer que voltarás, porque a promessa ficou feita em cada peça de roupa que deixaste, em cada bilhetinho que espalhaste pela casa e só depois descobri.


Apetecia-me atirar-te com toda a eternidade para o colo, ter a certeza que nenhuma história poderá ser tão feliz e especial como a nossa. Não quero que ela seja apenas um parêntesis porque eu não sei não esperar nada. Eu quero tudo. Quero conjugar-nos no futuro.




Bem sei que já falta pouco para chegares mas há minutos que parecem toda uma vida...
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Não! Não! Não!





Não me sonhem. Não me idealizem. Não tentem descortinar a minha felicidade por entre lágrimas ou a minha tristeza escondida num sorriso. Não tentem.



Não me conhecem em cada sonho que me surge no peito enquanto encosto a cabeça ao céu. Não sabem o que eu sofri. Não compreenderão a minha sede de infinito ou o meu descontentamento constante. Não conseguirão entender a contradição que é ser-se feliz com coisas simples e, ao mesmo tempo, querer tudo. Sentir o mundo na palma das mãos.


Não me sonhem. Não me idealizem. Eu sou o que se vê e não sou nada do que julgam ver em mim. Perco-me para que não tentem encontar-me. Erro. Vacilo. Caio no pó do caminho. Levanto-me de joelhos esfolados e cabeça erguida. O sol ou a chuva tentam impedir-me de prosseguir mas não quero voltar atrás.


Não me sonhem. Não me idealizem. Se, na verdade, nem me vêem, como poderiam fazê lo? Como podem pensar que me conhecem? Julgam-me. Julgam o meu sorriso. Julgam a minha ira. Julgam que eu sou assim porque sim. Não sabem nem nunca saberão que a vida me transformou no que sou. Não me sonhem. Não me idealizem. Não.
 
 
 
Deixem-me ser.





segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Algo que me faça sorrir por dentro, se faz favor!







Hoje estou assim. Triste. O coração encolhido no peito, batendo em surdina. Porque há dias em que isto se torna verdadeiramente difícil de suportar e bastaria um simples abraço apertado para mudar tudo. Hoje estou assim.



Ponto final.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Agora digam-me lá se eu não tenho o melhor namorado do mundo?!*





Sou fumadora. Sou assumidamente viciada em alcatrão, nicotina e monóxido de carbono, melhor dizendo. O meu namorado, felizmente, não. Também sou assumidamente assim a dar para o nervoso, que é como quem diz, fervo em pouca água. Se o tabaco acabar ou desaparecer misteriosamente, atinjo o ponto de ebulição em poucos segundos. À falta de isqueiro, também. Há uns meses atrás, chego com o B.B. ao hotel depois de jantar e decido que o que ia mesmo bem era um cigarrinho na varanda do quarto. Toca de vestir o "equipamento" (é só de mim ou fumar ao frio não é a mesma coisa?), agarro no maço de tabaco mas o isqueiro tinha desaparecido...


Eu- B.B.? Viste o meu isqueiro?
B.B.- Não... procura na mala ou no casaco, deve estar por aí...


Viro o quarto do avesso, com B.B. a ajudar-me e do isqueiro nem sinais de vida.


Eu- Ai, isto não é possível! Eu quero fumar um cigarro!
B.B. Oh... fumas amanhã de manhã, B. Deves ter deixado o isqueiro no carro. Amanhã já o vamos buscar.
Eu- Mas eu não quero fumar amanhã de manhã! Eu quero fumar AGORA!
B.B.- E o que é que acontece se não fumares agora?
Eu- Hum... Fico irritada. Fico muito irritada...
B.B.- Então espera que eu já venho, sim, B.?


E pronto. Lá foi o B.B. ao -1 com um cigarro na mão para o caso de o maldito isqueiro não estar no carro. Resumindo: acendeu o cigarro com o isqueiro do carro e veio com o cigarro aceso pelo elevador do hotel até ao 2º andar. Entra no quarto de rompante com o cigarro (a meio!) na mão e um sorriso triunfante na boca.


B.B- Já vem a meio, B., mas havia gente a usar o elevador e tive que esperar que ficasse livre...


Não é lindo?! Pode não ser tão romântico, isso é certo, mas naquele momento fiquei mais feliz com um cigarro do que ficaria com um ramo de rosas! Ehehe


Tenho para mim que o detector de incêndio do dito hotel não está a funcionar a 100%.
*Ooops, lapso da minha parte... Eu reformulo. Digam-me lá se eu não tenho o melhor namorado do mundo e arredores?!
** Ah! Escusado será dizer que, efectivamente, o isqueiro estava no carro, mas o B.B. nem o viu...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Aquilo que tu não sabes.




E, de cada vez que chegas assim, toda a minha vida fica suspensa num fio invisível de ternura. A respiração sustém-se no breve instante em que o ar me causa tempestades no peito e tudo parece, enfim, ganhar algum sentido.
Como posso estar tão cheia de ti se quando não estás me ausento de mim mesma? Agora me apercebo. De cada vez que partes esqueço-me de mim

em ti.

Mania de desafios.

Recebi ontem do meu mais-que-tudo um desafio. Bem, não sei se as minhas manias me diferenciam do comum dos mortais. São apenas características minhas pouco relevantes e que devem ser comuns a muita gente, mas como nunca me nego a um desafio...



As regras são as seguintes:


"Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do recrutamento. Cada participante deve reproduzir este regulamento no seu blogue."


Então aqui vai:

Mania número 1:
Uso três despertadores para conseguir levantar o rabo da cama (sim, leram bem... TRÊS!). No total despertam cerca de 7 vezes.

Mania número 2:
Cheirar a roupa no fim de lavadinha... Pois, gosto do cheiro do amaciador, que hei-de fazer?

Mania número 3:
Atirar com as chaves de casa e do carro e os telemóveis para um sítio qualquer. Depois perco bastante tempo a tentar encontrá-los. Só para terem uma ideia, as chaves do carro andam "desaparecidas" desde quarta-feira da semana passada. Se alguém as encontrar é favor devolvê-las à dona.

Mania número 4:
Hum... Ah! Já sei! Tenho a mania de adormecer com televisão ligada.

Mania número 5:
Refilar, refilar, refilar... Até posso ceder, mas primeiro tenho que refilar um bocadinho...


Agora desafio... tcharam!!!!!!!!!

Contextos e Entrelinhas
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Palpit' Aqui

E tratem de responder a tudo que depois eu vou ver se fizeram os trabalhinhos de casa!

domingo, 27 de dezembro de 2009

A propósito do medo.





O medo é cobarde. Chega quando todos saem, aninha-se no peito e bebe-nos o sangue qual sanguessuga.



O medo tem medo das gentes. E, por isso, espera horas tardias de solidão para nos entrar pelas janelas abertas da alma. O medo tem medo do medo. E foge, o cobarde, quando outros chegam.

domingo, 13 de dezembro de 2009

O tempo não tem tempo.




A palavra tempo sempre despertou em mim sentimentos contraditórios. Nunca o entendi muito bem: afinal quanto tempo tem o tempo, quanto tempo nos dá o tempo?


Recomecei a usar relógio de pulso apenas de há uns anos para cá... Tudo porque, de cada vez que o usava, sentia que ele teimava em apressar-me para algo que não queria que chegasse, evaporava minutos que queria viver para sempre ou, simplesmente, não avançava para algum momento que ansiava que acontecesse. Daí até se tornar um vício olhar para os três ponteiros no mostrador, foi um passo. Passava a vida, suspensa na ansiedade, de olhos postos no pulso, observando cada deslizar cadenciado até que, a muito custo, consegui manter com aquele engano engenhoso uma relação mais saudável.

Nas minhas certas incertezas sei, agora, que o tempo é eterno e se move em círculos. Traz, leva e, muitas vezes, devolve aquilo que arranca de nós à socapa, qual caçador furtivo à espera da melhor oportunidade para apanhar a presa desprevenida.

Aprendi a apreciar os instantes que antecedem algo que eu quero muito que chegue... o batimento cardíaco acelerado, a garganta seca e a cabeça produzindo mil imagens que de tão desejadas se tornam reais. Consigo, agora, aproveitar a brevidade de momentos em que um olhar indiscreto e inquieto diz tudo, sem angustiar-me com o inevitável fim. O olhar, esse, guardo-o na escassa eternidade de que me faço e, por isso, sobrevive ao avançar galopante do tempo. Diz-se do momento ser o mais breve período em que o tempo pode dividir-se. Eu digo, esse momento poderá ser o mais duradouro de todos, dentro da sua curta duração. Já não penso nas noites que comem os dias impiedosamente, porque os risos e sorrisos, os olhares cúmplices sobrepõem-se à triste ideia de finito. E isso chega para que tudo se sustenha. Embrulho cada pedacinho de cada momento em papel colorido, porque um dia estaremos demasiado velhos para dizer piadas sem sentido e viveremos de memórias. Redescobriremos, então, cada um deles no pó de tempos passados, mas que permanecem tão presentes agora como naquele lapso de tempo. Neste tempo não há tempo. Neste tempo, ausente de si mesmo, deixo apenas que os meus sentidos naufraguem em instantes que carregarei comigo, eternamente.



Acho que voltarei a esquecer-me de usar relógio...