sábado, 31 de outubro de 2009

Coisas de machos.

Estava eu olhando distraidamente (juro!) para um certo menino enquanto este fazia xixi, quando:


Ele(muito ofendido)"- O que foi? Nunca viste um pénis?"


E eu a pensar que os seres com pilinhas entre as pernas só tinham este tipo de problemas quando mijavam ao pé de membros do mesmo sexo...

Nota: O dito menino tem apenas quatro anos... não será precoce colocar uma questão deste género?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Se eu fosse um animal...




14h17m
O telemóvel toca.

S.A.: Então linda, tudo bem?
Eu: Hum... Estou a dormir.
S.A.: Está bem. Liga-me quando acordares...


15h42m
O telemóvel toca novamente.

Eu: Siiim?
F.: Então tu não sabes o que aconteceu?!
Eu: Não... Estou a dormir...
F.: Ah... Depois ligo. Beijos

17h29m
O telemóvel toca uma vez mais.

S.: Querida! Olha, estava a pensar ir ao (...)
Eu: Porra! Mas será que não posso dormir descansada? Falamos depois! Beijinho

Pelo que me disseram, quando o telemóvel toca e eu estou a dormir, torno-me numa pessoa agressiva. Juro que é mentira! Eu nem me lembro de nada... Acho que sofro de amnésia. Ou então é um distúrbio qualquer ainda por identificar...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vida de cão?





Juro que não sei como ela consegue dormir descontraidamente na MINHA cama... enquanto eu estou a pensar que amanhã já não poderei passar o dia quase todo na ronha. Humpf... de volta ao trabalho. Raios! Inveja... muita inveja... ainda dizem que a vida de cão é que é! Eu não me importava nada de ter a vida...da minha gata.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Colisão. Em câmara lenta. Regresso...



Ainda não sei como entraste. Logo eu, que nunca gostei de sentir a casa demasiado cheia. Pessoas, quadros, móveis. Pó. Agradam-me as paredes. Brancas, vermelhas. É como se, na sua imponência, confessassem timidamente coisas passadas. Tudo o que está a mais desvia a atenção daquilo que realmente importa. Também nunca me agradou muito o factor surpresa. As poucas pessoas que recebo em casa são sempre convidadas previamente. Para o caso de não serem... a campainha está ao lado da porta, lá fora, só para o caso de. E tu chegaste sem avisar. Quando me apercebi de ti, estavas cá. Confortavelmente. Surpresa. Olhei para o chão de madeira e não vi malas nem bagagens. Estranhei a familiariedade com que me olhavas, o à vontade com que me descobrias em cada canto meu. Tive medo que me conhecesses, senti-me vacilar dentro de mim, encher-me de incertezas. Tudo mudaria irreversivelmente. Mas aproximaste-te de mim, seguro, e nos teus passos ouvi o respirar das folhas, o vento revolver as entranhas e desalinhar-me o cabelo. Tremi. Quis esconder-me ou fugir, nem sei. Não o fiz. Deixei-me ficar, quieta, com o ritmo do coração descompassado na boca e na cabeça. As pernas trémulas, uma sensação estranha no estômago. Uma mistura de imagens, sons, cheiros invadiu me a alta velocidade. Queria perceber... De alguma forma, descobrir-te a alma em algum lugar. O olhar, atento, tentando desvendar o que se seguiria, ansiando saber que sentimentos carregarias contigo, a que velocidade bateria o coração dentro do peito, que segredos me dirias sem falar. Observei-te silenciosamente, porque qualquer palavra estaria a mais. Apaziguaste-me o coracão e a alma com os olhos e as mãos e, subitamente, notei... Reconheci-te. Sempre te desejara. Sempre tinha esperado a tua chegada, mesmo sem saber quem eras ou como serias. Sempre almejara que acontecesses. E sempre soube que, quando chegasses e apesar de ainda não te conhecer o corpo, me sentiria em casa. Mas até aquilo que desejamos muito pode assustar, ganhar as proporções de um maremoto interior que varre tudo por onde passa, quando nos aparece sem aviso.

Poderei ir embora, se preferires, quando quiseres, dizias tu calmamente. Murro no estômago. Súbita vontade de chorar. A minha pequenez. E se eu quisesse que nunca fosses? Não quero que vás... Com os olhos, pedi para ficares.

A minha maior tristeza sempre fora sentir-me uma pessoa avulso. No entanto, tinha a certeza que existias. Sabia, no fundo, que por mais que tentasse esconder-me ou fugir, não conseguiria. A alma sabe sempre o caminho de casa. Ainda não sei como entraste, não sei. Não interessa. Mas um dia ainda me hás-de dizer porque é que não partiste.


Finalmente chegaste... finalmente...

sábado, 24 de outubro de 2009

Noites assim.


Quando isto acontece gostava de ver uma luz ao fundo do túnel. Uma solução. Sinto o corpo e a mente cansados. Talvez um abraço bastasse. Qualquer coisa que quebrasse a distância. Qualquer coisa que comesse o pó do caminho que nos separa. Qualquer coisa que me deixasse adormecer tranquila. A minha mão na tua. O teu respirar, descansado, em uníssono com o meu. O bater compassado do teu coracão no meu peito.
Quando isto me acontece sinto-me triste. Pouco dona de mim. Derrotada na fortaleza que eu mesma criei e que sempre julguei ser capaz de proteger-me de tudo. Fecho os olhos
...




Eu só quero que estas insónias me deixem...


...porque hoje me sinto infinitamente pequena...
será que podes embalar-me até eu conseguir adormecer
?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Princesa... mas pouco.




Gostava de pedir um desejo... um, apenas.
Será que podes continuar a dizer que sou uma princesa... até eu me cansar de ouvir? Podes?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Post (in)útil...



Meus queridos, hoje partilho convosco algo fora do comum. O meu blogue não prima, particularmente, pela publicação de fotografias ou qualquer coisa que revele o meu quotidiano. Mas hoje... hoje não resisti. Esta "menina" que podem ver pelas fotografias é a minha gata (partilho a minha casa com ela há mais de um ano). Sim, é traquina. Sim, é endiabrada. Sim, adora sofás e cortinados. E, hum... telemóveis. E sim, gosta mais da minha cama do que da cama dela. Mas é uma doçura. Não é?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O princípio de todas as coisas.



Leva o tempo que quiseres...
Conta-me na pele a tua saudade, em sussurros. Não te apresses, toma o tempo que for preciso, que o tempo nem existe. Repete-me a mesma história, a nossa história, e embala-me assim, serena, num conto sem fim.
Abre a portão, sem medo. Prende a tua mão na minha e faz-me acreditar que a nossa história ainda não está escrita em nenhum livro amarelido pelo tempo, que podemos pintar cada folha em branco com as cores que quisermos. Faz-me acreditar que nada será em vão, porque vale sempre a pena desde que acreditemos.
Deixa... não precisaremos de nos esforçar muito. Porque as coisas mais bonitas são obra do acaso e nem precisam de serem trabalhadas. Basta que abras o portão
.

sábado, 10 de outubro de 2009

Eu acredito...

Confio.

domingo, 4 de outubro de 2009


No início, ele era um choro quase mudo , rompendo o silêncio. Como uma bruma anunciando a tempestade. De tão cheia, de tanta necessidade de me libertar, prendendo-me, foi trepando a alma até sair pelos olhos em forma de água salgada. Conheceu o mundo pelas janelas que lhe abri em mim. Estendeu as mãos pequenas na tentativa de o alcançar. A boca ávida. A fome. A sede. Um querer tudo. Urgente. Alimentou-se de mim. Fortaleceu-se.
Cresceu.

Adormeceu-se no meu peito nu e foi-se entranhando na carne. Desfez-se em estilhaços, espalhou-se como pólvora seca soprada pelo vento. Arrebatou a força das ondas e insurgiu-se contra os penhascos que eu sempre erguera em meu redor na tentativa de o afastar.
Ficou.
Alguma vez te contei como comecei a amar-te?