segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O drama. O horror. O outro lado da notícia.

Como qualquer português, também eu fiquei chocada com o que se vem a passar na Ilha da Madeira. Os danos não serão apenas materiais mas também emocionais e não imagino sequer o que que sentirão as pessoas que estão a passar por esta tragédia. Há quem tenha perdido toda a família... No entanto, há uma coisa que me apoquenta e até chega a irritar-me. Qualquer catástrofe que aconteça em Portugal (continental ou ilhas) nunca tem a projecção mediática de uma catástrofe que aconteça noutro canto qualquer do mundo. Para alguns até será bastante difícil encontrar Portugal no globo terrestre... (Nunca esquecerei a célebre frase de Whitney Houston no início de um concerto no nosso país: "Boa noite, Espanha!". Ou a garrafa de uma bebida qualquer, "made in Spain", cujo rótulo tem o mapa de Espanha mas com o mapa de Portugal incluído ... Pensarão os Espanhóis que Portugal é uma província espanhola?).

Agora lembro-me do Haiti. Aquilo que aconteceu por lá teve outras proporções, é certo, mas eu pergunto:e se fosse no nosso país? Haveria todo aquele mediatismo que chegou a ser abusivo? E a Madeira? Que tipo de ajuda receberá do estrangeiro?

Lembro-me ainda de outro caso  que nada tem a ver com catástrofes naturais mas é o exemplo de que o "estrangeiro" tem sempre mais atenção. O "caso Maddie" assolou durante meses a fio os canais portugueses... Se fosse uma criança portuguesa a desaparecer no Reino Unido receberia a mesma atenção? Pior: uma qualquer criança portuguesa desaparecida em Portugal, como tantas vezes já aconteceu e, infelizmente, continuará a acontecer, nunca recebeu por parte dos media e talvez das entidades competentes o empenho que aquela menina recebeu.

Pelos vistos, o Cristiano Ronaldo dedicou um golo à "sua" Ilha. Eu tenho a dizer, Cristiâne mê filho, e que tal se enviasses um milhãozito ou dois? Ajudava mais do que um golo... e , pelo menos, vinte e cinco famílias precisam de uma nova casa.

O meu namorado costuma dizer que os brasileiros (não generalizando, claro) são algo fanáticos e hoje sinto-me obrigada a dar-lhe razão. Hoje encontrei algo que me deixou atónita e passo a "mostrar-vos":

Aquando da tragédia no Haiti, do alto da sua inquestionável sapiência, uma rapariga de nacionalidade brasileira escreveu assim:

"Terremoto no Haity. O maior em 200 anos. Qual a sua opinião? Castigo de Deus ou da Natureza?
Digo castigo de Deus devido á religião deles, pois é parece que um religião super diferente. Ouvi dizer que seria um tal de ''vodoo''. Sei lá!
Castigo da natureza, por causa das grandes multinacionais situadas no mundo atual.
E vc? Qual a sua opinião sobre o maior terremoto ocorrido em 200 anos, e sobre os milhares de mortos??"

Despois disto, pouco mais há a dizer... A estupidez e limitação humanas no seu melhor...

Bom, será melhor ficar-me por aqui porque são muitas as ideias a fazer curto-circuito na massa cinzenta e, daqui a pouco, nem eu me entendo. Para além do mais, mesmo não sendo jornalista, não trabalhando para a TVI ou um semanário qualquer, a coisa pode aquecer para o meu lado e ainda vêm fechar o meu estaminé. Nunca se sabe. Portanto, se perguntarem por mim, digam que fui ali e já volto!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Homens... quem os entende?


 


Já tinha ouvido falar em depressão pós-parto. Só nunca tinha ouvido falar em depressão pós-corte-de-cabelo. Pois então. Há uns tempos fiz um corte de cabelo um pouco diferente do habitual e, embora não tenha cortado assim tanto, o resultado final deixa-me com os nervos em franja. Literalmente. Hoje, estando eu, desgraçadinha, a fazer os queixumes ao sodôno meu namorado, eis que ele se sai com esta pérola:

- B.B., sabes que os homens não têm esse tipo de problemas... quando não gostam do corte de cabelo, rapam-no e fica tudo resolvido...

Depois, fiquei a pensar...

Seria isto uma sugestão???

Agora, será que podem devolver-me o meu cabelo?
Podem?
Pleaaaase!
Agradecida.




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O que fazer?


Fotografia de Paulo Madeira



O que fazer quando alguém consegue resgatar-nos o sorriso que a alma perdeu nos becos da vida?


O que fazer?





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Que grande cozinheira que eu sou!


Eu sou assim para o viciada em batatas fritas. Hoje à noite, toca de por as batatas na fritadeira e vir ao quarto. Qual não é o meu espanto, quando chego à cozinha e tinha as minhas batatinhas quase todas queimadas! Apetece-vos chorar? Apetece? Pois chorem. A mim apeteceu-me fazer o mesmo...


Não é para me vangloriar, eu até sou uma cozinheira de mão cheia. Mas, muito de vez em quando, acontecem-me estes pequenos acidentes.

Pronto, um dia destes também me esqueci de pôr sal no arroz, mas foi pura distracção.


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Do amor.






Respiro fundo antes de entrar no quarto. Magoa-me olhar para ela. Parece que diminuiu de tamanho e respira fragilidade. Abraço-a de mansinho e dou-lhe um beijo na testa. Sorrio e pergunto-lhe se hoje se sente melhor. As dores continuam a ser muitas, responde ela tristemente. Mas o pior era não poder sair dali. Não lhe digo, mas ela nem sonha a vontade que tenho de tirá-la dali... Explico-lhe, com muita calma, como se ela fosse uma menina de quatro anos, que agora tem mesmo que ficar ali para ficar boa depressa. E que tem que se portar bem e fazer tudo o que os doutores lhe disserem porque é para o bem dela. Ela ouve-me com atenção e com a cabeça acena afirmativamente. Acha que eu não devia ir lá todos os dias, que preciso de descansar e eu só lhe respondo que não me custa nada. Sorrio novamente. Não custa mesmo. Ela diz que não precisa de tantas visitas, mas eu sei que o olhar dela às 14h está fixo na porta de entrada do quarto, ansiando o chegada de uma cara amiga. Detesto este cheiro a hospital, detesto estas paredes brancas, as camas todas iguais, esta frieza que torna tudo impessoal. Detesto vê-la aqui. Ontem trouxe-lhe rosas da sua cor preferida, amarelas. Hoje levei-lhe bolos. Pouco falamos, chega mais gente ao quarto e eu deixo-me ficar sentada na cama a dar-lhe a mão. Não lhe digo que fui encontar o avô em casa a enxugar os olhos, envergonhado. Ele foi educado para não demonstrar sentimentos deste tipo. E eu fingi que não vi para lhe poupar o embaraço. Não lhe digo que parece mais velha, que cada dia que passa no hospital lhe aumenta dez anos nos olhos e que está realmente abatida. Mascaro tudo muito bem com um sorriso porque tenho que ser forte, por mim e por ela. Amanhã, quando voltar, não lhe direi que hoje, no regresso a casa, lambi lágrimas durante todo o caminho. Às vezes, amar também é calar.



16 de Junho de 2009
 
 
 
 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A Corset pergunta...



Questão 1: Tens medo de quê?
Tenho medo de um dia vir a pensar que já não tenho nada a perder.

Questão 2: Tens algum guilty pleasure?
Comida!

Questão 3: Farias alguma loucura por amor/amizade?
Não me imagino a não fazer pequenas (algumas grandes) loucuras... Querem testemunhas?

Questão 4: Qual o teu maior sonho? Responder paz, amor e felicidade é trapacear ;)
Se eu fosse Miss Universo gostava que houvesse imensa pa... errr

Não tenho grandes sonhos. Alimento-me de realidade e o resto... o resto é imaginar aquilo que um dia há-de ser.

Questão 5: Nos momentos de tristeza/abatimento, isolas-te ou preferes colo?
Prefiro isolar-me com um bom colo.

Questão 6: Entre uma pessoa extrovertida e uma introvertida, qual seria a escolha abstracta?
Extrovertida.

Questão 7: Sentes-te bem na vida, ou há insatisfação além do desejável?
Insatisfeita por natureza. Optimista por necessidade.

Questão 8: Consideras-te mais crítico ou ponderado? Sabendo, contudo, que existem críticas ponderadas.
Pouco ponderada no que diz respeito a opinar ou criticar. Com alguma falta de tacto, infelizmente. Se não querem a minha opinião sincera não a peçam.

Questão 9: Julgas-te impulsivo, de fazer filmes, paciente...? Define-te, de uma forma geral.
Impulsiva. Impaciente. Explosiva. Ligeiramente arrogante. Cinema? Cinema e teatro! Ah! Se querem saber se tenho alguma qualidade no meio disto tudo... falem com quem me conhece.

Questão 10: Consegues desejar mal a alguém e, normalmente, concretizar? Sê sincero.
Consigo desejar. Quanto à concretização, muitas vezes, basta esperar e ver.

Questão 11: Contens-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)?
Sou contida quando a ocasião e/ou local o exige.

Questão 12: Qual o teu lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?
Ambos.

Questão 13: Casamentos homossexuais e direito à adopção?
Casamento, sim. Adopção, por enquanto, não.

Questão 14: O que te faz continuar o blogue?
Teimosia. Serve?

Questão 15: O número de visitas e comentários influencia o teu blogue?
Ele diz que fica muito contente.

Questão 16: Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria?
Não gosto de utopias...

Questão 17: Devia haver encontros de bloguistas? Caso sim, em que moldes? Caso não, porquê?
Na minha opinião, um encontro pressupõe que duas ou mais pessoas, de alguma forma, se juntem e troquem ideias. Por isso, sim. Se existirem pessoas dispostas a fazê-lo acho bem.

Questão 18: Sabes brincar contigo e rir com quem brinca contigo? Sem ironias.
Sim. Mas também choro. De tanto rir...

Questão 19: Quais são os teus maiores defeitos?
Aiii Mas eu não tenho feito outra coisa que não fosse enumerar os meus defeitos!

Questão 20: Em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?
Acho que demorei tanto tempo a responder a esta que o tempo expirou...

Questão 21: Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?
Pc com internet.

Questão 22: Elogias ou guardas para ti?
Depende das pessoas.

Questão 23: Tens humildade suficiente para te desculpar, sem ser indirectamente?
Creio que sim.

Questão 24: Consideras-te, de grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?
Pragmática.

Questão 25: Perdoas com facilidade?
Não.

Questão 26: Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?
A perda.

Os quatro bloggers massacrados são:

A Place Like Home
Diabo de Roupa Curta
Contextos e Entrelinhas
Palpit' Aqui

Não é o dia das mentiras mas...


O meu mais-que-tudo achou por bem presentear o meu blogue com este selinho. 
Pronto B.B., é jeitosinho, bonitinho e tal, e até fica bem aqui. Agradecida, sim?

 


Comentários? Só pessoalmente! =P



As regras do selo são:

- Oferecer o selo a 10 blogs;
- Avisar os indicados;
- Dizer o que achou do selo;
- A pessoa que receber o selo, deve deixar um comentário à pessoa que o passou;
  
E o selo vai para:

Contextos e Entrelinhas
Maçã e canela
Diabo de Roupa Curta
Keep On Walking
Reflexos
Palpit' Aqui
Cridos de Portugal
*Gira [Com O] Sol
made in love
No mundo dos espartilhos de seda

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Desabafo (sem) sentido.







Às vezes, penso apenas que ninguém me vê realmente.