sábado, 16 de janeiro de 2010

Qualquer coisa do coração ou da alma. Qualquer coisa por aí...








Tenho que arranjar uma armadura para esta coisa esponjosa a que chamam coração.



É difícil. Magoa, o facto de não podermos fazer planos para hoje. Não nos podermos encontrar daqui a uma hora, por exemplo, no café que fica naquela ruela íngreme perto da minha casa. Não podermos fechar os olhos, todas as noites, no carinho adormecido nas veias. Dói.


Resta-nos muito. Resta-nos tudo. Só não temos o agora, aquele tempo presente em que há margem para surpresas de última hora. Não nos resta a distância. A distância é o que sobra. É o que está a mais. Temos o presente, com hora marcada, e o futuro. Quem sabe, um futuro.


Por enquanto, vou tentando arranjar formas de aniquilar esta pontada que insiste em dilacerar-me o peito. Bem sei, se te falar disto tentarás apaziguar-me docemente, dizendo que é assim que tem que ser. Que o futuro virá. E eu fico pequenina. Sou pequenina. Sou impaciente. A espera sem tempo definido deixa-me perdida. O ar provoca-me remoinhos no peito enquanto não chegas.


Gostava de conseguir mentir-te. Dizer, no meio de um sorriso, "Demora o tempo que for preciso, que eu aguento-me.". O problema é que não consigo...


Não precisavas dizer que voltarás, porque a promessa ficou feita em cada peça de roupa que deixaste, em cada bilhetinho que espalhaste pela casa e só depois descobri.


Apetecia-me atirar-te com toda a eternidade para o colo, ter a certeza que nenhuma história poderá ser tão feliz e especial como a nossa. Não quero que ela seja apenas um parêntesis porque eu não sei não esperar nada. Eu quero tudo. Quero conjugar-nos no futuro.




Bem sei que já falta pouco para chegares mas há minutos que parecem toda uma vida...
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Não! Não! Não!





Não me sonhem. Não me idealizem. Não tentem descortinar a minha felicidade por entre lágrimas ou a minha tristeza escondida num sorriso. Não tentem.



Não me conhecem em cada sonho que me surge no peito enquanto encosto a cabeça ao céu. Não sabem o que eu sofri. Não compreenderão a minha sede de infinito ou o meu descontentamento constante. Não conseguirão entender a contradição que é ser-se feliz com coisas simples e, ao mesmo tempo, querer tudo. Sentir o mundo na palma das mãos.


Não me sonhem. Não me idealizem. Eu sou o que se vê e não sou nada do que julgam ver em mim. Perco-me para que não tentem encontar-me. Erro. Vacilo. Caio no pó do caminho. Levanto-me de joelhos esfolados e cabeça erguida. O sol ou a chuva tentam impedir-me de prosseguir mas não quero voltar atrás.


Não me sonhem. Não me idealizem. Se, na verdade, nem me vêem, como poderiam fazê lo? Como podem pensar que me conhecem? Julgam-me. Julgam o meu sorriso. Julgam a minha ira. Julgam que eu sou assim porque sim. Não sabem nem nunca saberão que a vida me transformou no que sou. Não me sonhem. Não me idealizem. Não.
 
 
 
Deixem-me ser.





segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Algo que me faça sorrir por dentro, se faz favor!







Hoje estou assim. Triste. O coração encolhido no peito, batendo em surdina. Porque há dias em que isto se torna verdadeiramente difícil de suportar e bastaria um simples abraço apertado para mudar tudo. Hoje estou assim.



Ponto final.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Agora digam-me lá se eu não tenho o melhor namorado do mundo?!*





Sou fumadora. Sou assumidamente viciada em alcatrão, nicotina e monóxido de carbono, melhor dizendo. O meu namorado, felizmente, não. Também sou assumidamente assim a dar para o nervoso, que é como quem diz, fervo em pouca água. Se o tabaco acabar ou desaparecer misteriosamente, atinjo o ponto de ebulição em poucos segundos. À falta de isqueiro, também. Há uns meses atrás, chego com o B.B. ao hotel depois de jantar e decido que o que ia mesmo bem era um cigarrinho na varanda do quarto. Toca de vestir o "equipamento" (é só de mim ou fumar ao frio não é a mesma coisa?), agarro no maço de tabaco mas o isqueiro tinha desaparecido...


Eu- B.B.? Viste o meu isqueiro?
B.B.- Não... procura na mala ou no casaco, deve estar por aí...


Viro o quarto do avesso, com B.B. a ajudar-me e do isqueiro nem sinais de vida.


Eu- Ai, isto não é possível! Eu quero fumar um cigarro!
B.B. Oh... fumas amanhã de manhã, B. Deves ter deixado o isqueiro no carro. Amanhã já o vamos buscar.
Eu- Mas eu não quero fumar amanhã de manhã! Eu quero fumar AGORA!
B.B.- E o que é que acontece se não fumares agora?
Eu- Hum... Fico irritada. Fico muito irritada...
B.B.- Então espera que eu já venho, sim, B.?


E pronto. Lá foi o B.B. ao -1 com um cigarro na mão para o caso de o maldito isqueiro não estar no carro. Resumindo: acendeu o cigarro com o isqueiro do carro e veio com o cigarro aceso pelo elevador do hotel até ao 2º andar. Entra no quarto de rompante com o cigarro (a meio!) na mão e um sorriso triunfante na boca.


B.B- Já vem a meio, B., mas havia gente a usar o elevador e tive que esperar que ficasse livre...


Não é lindo?! Pode não ser tão romântico, isso é certo, mas naquele momento fiquei mais feliz com um cigarro do que ficaria com um ramo de rosas! Ehehe


Tenho para mim que o detector de incêndio do dito hotel não está a funcionar a 100%.
*Ooops, lapso da minha parte... Eu reformulo. Digam-me lá se eu não tenho o melhor namorado do mundo e arredores?!
** Ah! Escusado será dizer que, efectivamente, o isqueiro estava no carro, mas o B.B. nem o viu...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Aquilo que tu não sabes.




E, de cada vez que chegas assim, toda a minha vida fica suspensa num fio invisível de ternura. A respiração sustém-se no breve instante em que o ar me causa tempestades no peito e tudo parece, enfim, ganhar algum sentido.
Como posso estar tão cheia de ti se quando não estás me ausento de mim mesma? Agora me apercebo. De cada vez que partes esqueço-me de mim

em ti.

Mania de desafios.

Recebi ontem do meu mais-que-tudo um desafio. Bem, não sei se as minhas manias me diferenciam do comum dos mortais. São apenas características minhas pouco relevantes e que devem ser comuns a muita gente, mas como nunca me nego a um desafio...



As regras são as seguintes:


"Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do recrutamento. Cada participante deve reproduzir este regulamento no seu blogue."


Então aqui vai:

Mania número 1:
Uso três despertadores para conseguir levantar o rabo da cama (sim, leram bem... TRÊS!). No total despertam cerca de 7 vezes.

Mania número 2:
Cheirar a roupa no fim de lavadinha... Pois, gosto do cheiro do amaciador, que hei-de fazer?

Mania número 3:
Atirar com as chaves de casa e do carro e os telemóveis para um sítio qualquer. Depois perco bastante tempo a tentar encontrá-los. Só para terem uma ideia, as chaves do carro andam "desaparecidas" desde quarta-feira da semana passada. Se alguém as encontrar é favor devolvê-las à dona.

Mania número 4:
Hum... Ah! Já sei! Tenho a mania de adormecer com televisão ligada.

Mania número 5:
Refilar, refilar, refilar... Até posso ceder, mas primeiro tenho que refilar um bocadinho...


Agora desafio... tcharam!!!!!!!!!

Contextos e Entrelinhas
:: Keep On Walking ::
Diabo de Roupa Curta
*Gira [Com O] Sol
Palpit' Aqui

E tratem de responder a tudo que depois eu vou ver se fizeram os trabalhinhos de casa!