quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mas quê??

R. (três maravilhosas primaveras ), no fim de mais um dia passado no infantário:



- Mãe! Mãaaaae!
- Sim, R.?
- Eu sei! Eu sei!
- Tu sabes o quê?
- Eu sei que tu não tens uma coisinha e o pai não tem uma pilinha!
- Ai não?
- Não! Tu não sabes!!!

Nisto, faz um ar muito importante:

- O pai tem um pénis e tu tens uma vagina...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Coisas que me deixam absolutamente possuída!



Eu detesto que estraguem as minhas revistas. Tenho um apreço especial por todas as Vogue's que já comprei e que guardo religiosamente. Uma pequena parte dessas revistas estava por baixo de uma das mesas sala. Eis se não quando, acabada de sair da casa-de-banho, me deparo com a cena que podem ver aí em baixo. Quase fiquei irritada. Quase. O meu lindo cão a roer as minhas revistas, enquanto a gata, já com idade para pôr algum juízo no cão, apreciava a cena. Lindo... Mas como não cheguei a ficar irritada e me fiquei só pelo quase ainda fui buscar a máquina fotográfica para registar o momento. Só depois fui acabar com aquela rambóia que estava a acontecer debaixo da mesa.






Após um belo raspanete, o diabrete ainda fica com estes olhinhos de carneiro mal morto, como quem diz não fui eu...

Arghhh assim é impossível ficar zangada. Chantagista emocional!






Vá, eu sei, eu sei, a minha vida não tem nada de interessante e, como não tenho bebés, não posso falar de fraldas e babetes, papas e merdas desse estilo, mas eu tinha avisado...

sábado, 23 de outubro de 2010

Depois não digam que eu não avisei!

De modo que as coisas por estes lados têm que mudar um bocadinho. Não, não vou deixar de ser Eu. Vou limitar-me a alimentar o Eu que, pelo menos por agora, mais quero ser. Vou restringir o acesso a este blogue a algo parecido com o coração que me bate no peito. Doravante, tentarei que este desempenhe unicamente a sua função vital no meu corpo, que é humano.
Preciso de alguma leveza. E não, não me refiro a perder uns quilos. Preciso de escrever (mais) inutilidades. Coisas que me passem pela cabeça mas não me façam pensar muito, se é que me faço entender...
Por isso, meus caros leitores, mais ou menos assíduos, comentadores ou não:



* não esperem que seja extremamente profunda na forma de escrever;
* não esperem a descrição de uma vida fantástica, socialmente agitada, porque essa não seria a minha;
* não esperem, no entanto, que venha a adoptar uma linguagem com muitos :-) e =) e ;-) e :( e ;-( e lol's pelo meio ( tirando esta excepção que se deu agora, eu ainda sou da velha guarda e isto não faz propriamente o meu estilo );
* não esperem que me renda ao novo acordo ortográfico porque, se assim fosse, qualquer dia ainda me confundia e começava a pensar que estava no Brasil, galera! E eu estou em Portugal, minha gente, por isso, eu escrevo o português de Portugal, não o português do Brasil. As coisas estavam bem como estavam, ok?
* não esperem sentido de humor, aliás, não esperem nada. Não posso, portanto, prometer-vos muitas risadas às custas das linhas que aqui deixo;
* não esperem uma linguagem extremamente cuidada. Não me apetece, pura e simplesmente. Por isso, não fiquem muito ofendidos se virem algumas ou mesmo muitas, hum, como dizer, caralhadas por aqui. Sim, porque eu sou gaja de dizer algumas ou mesmo muitas asneiras. As mesmas que não terei pudor em escrever;


* não esperem que cumpra tudo o que referi anteriormente, porque um dia posso ter uma crise de amnésia, chorar baba e ranho e começar a escrever lamechices.



Se, ainda assim, decidirem ler, volto a repetir.. depois não digam que eu não avisei antes, boa?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É para ver se aprendes, B*zinha!

Para a próxima, se houver uma próxima, tenta não dar tanto.

É certo, quando dou, dou tudo, dou o melhor e o pior de mim. É certo, às vezes (imensas), tenho um feitio de merda e nem sempre sou a pessoa mais agradável do mundo. É certo, porra, que sou honesta, sou sincera, sou leal e todas aquelas coisas que parecem muito apreciadas nos outros mas que nem todos os mortais conseguem ser.
Fui levada a tomar uma decisão que não queria tomar. Porque não era nada disto que eu queria. Não era nada desta merda que eu queria, OK??? Quando tem que se optar entre uma de duas coisas que nos magoe, acabamos sempre por optar por aquela que nos magoa menos a longo-médio prazo. Mas no fundo queremos uma terceira hipótese que nem existe, uma terceira opção, aquela que nos faria estar bem. A verdade é que esta que escolhi magoa demais e não sei quanto mais tempo vai doer assim. Tenho a porcaria do coração em cacos porque acreditei naquilo que, um dia, pensei nunca vir a acreditar. Acreditei.
E agora tenho esta porcaria toda espalhada no chão. E agora nem sei como voltar a juntar tudo. E agora não sei se haverá cola que me valha.

Agora, put@ de vida, vê se me deixas morrer por um bocadinho que isto há-de acabar por melhorar.*

.  

*Metaforicamente falando, claro.




Pequenos grandes amores.








... e eu estava a chorar sentada no chão. Ele sentou-se ao meu lado e não puxou a minha roupa com os dentes, num acto de brincadeira. Encostou apenas o focinho húmido à minha perna e deixou-se ficar assim, a olhar para mim.

... e eu sorri.





quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Há dias assim.








Podia arranjar-me e sair um bocado. Tomar um café. Ou ir ver aquele filme que estreou e que deve ser interessante. Podia continuar a ler aquele livro cujo marcador está na mesma página há dias...

Podia simplesmente telefonar a alguém e dizer que às vezes a vida é uma treta,que isto de ser gaja forte é uma grande merda e há coisas que doem. Há coisas que doem para cara***.
 Hoje não me apetece nada. Não me apetece ouvir. Não me apetece falar mais. Não me apetece pensar ou sentir. Não me apetece comer. Não me apetece. Hoje não. Amanhã. Amanhã é outro dia.

E o amanhã é sempre melhor, não é?



 
Eu prometo que amanhã vou pensar (mais) em mim.
 
 
 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E pronto, é só para informar...

... que estou com uma tremenda gripe.


E há uma ligação qualquer entre o coração e o cérebro que está em permanente curto-circuito.





Tenho dito.






quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Contra todas as probabilidades, elas falham-me. As palavras. Aquele misterioso encadeado de letras ao qual nos habituámos a atribuir um significado. Falham-me. Silêncio. Tento ouvir a tua voz, outrora poesia em mim. Cedo. Ainda não sei em que momento comecei a morrer. Talvez algures entre o momento em que a voz nos doeu e calou e o dia em que sucumbi, amputada de amor.
Tenho saudades de mim. Tenho saudades de me encontrar em mim quando olho para dentro do peito. A dúvida. A estúpida dúvida que despe as assimetrias dos sentimentos. É nesse preciso instante que me contenho nesta que já não sou eu. E todas as palavras deixam de fazer sentido. A dúvida. Castradora. Testemunha de silêncios incómodos em que os olhos se perdem no chão.



Alguém diria que as árvores morrem sempre de pé. Eu continuo a não saber em que momento comecei a morrer.