domingo, 29 de novembro de 2009

Os ciúmes das letras.


Li cada linha que escreveste. Li o que ficou por escrever, perdido nas entrelinhas. Li.





E doeu.

Cada palavra que escreveste e que não era para mim.



Vou deixar o passado no sítio a que ele pertence.
No passado.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Coisas mais ou menos assim.



É naquele espaço de tempo em que as ruas se calam e o silêncio me grita no peito que eu mais sinto a tua ausência. É naquele espaço de tempo em que a noite me chicoteia a alma e as poucas luzes espalhadas lá fora se acendem...








...que a tua ausência me deixa um sabor amargo na carne.

...que a tua ausência me confunde e

desordena os sentidos.




A tua ausência não é apenas a tua ausência. É a minha ausência de mim, também. 


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E, naquele preciso instante, senti o peso do mundo inteiro em cima dos ombros.


Tinha adormecido no intervalo de um filme qualquer que estava a dar na televisão. O toque do telemóvel acordou-me. Eras tu. Estavas algo triste, insatisfeito com algumas coisas que se têm passado na tua vida. Ouvi-te com atenção, como sempre. Queria dizer palavras para te confortar, mas tinha-as perdidas algures em mim e não as encontrei. Quando procuramos conforto junto de alguém, isso não quer dizer que esperamos que essa pessoa nos solucione os problemas. E a única forma que eu tinha de te confortar naquele momento era abraçando-te. Senti-me revoltada com esta distância física. Senti-me triste. Senti-me pequenina e impotente. Amputada pelos quilómetros que nos separam e nos impedem de estarmos juntos tantas vezes como aquelas que desejamos.










Amo-te para lá de todos os quilómetros.
E espero que o tempo seja bondoso connosco, como só ele sabe ser...

Para que conste e para evitar que te queixes um dia destes...









... eu também amuo e faço beicinho.


Tenho dito.

domingo, 22 de novembro de 2009

Uma "não partida" anunciada.




Estou aqui novamente. Na verdade, nunca cheguei a partir. Quando se anuncia uma partida isso não quer dizer que se tenha real intenção de partir. Anunciei a minha partida? Sim, anunciei. Tinha intenções de partir? Não, não tinha. As partidas nunca são fáceis. As bagagens costumam tornar-se cada vez mais pesadas à medida que se somam partidas e aquilo que se deixa para trás acaba por tornar-se parte da bagagem que levamos connosco. Eu nunca quis partir... mas isso não quer dizer que não o faça um dia destes. Às vezes sinto necessidade de provar a mim mesma que há razões para ficar, permanecer. Preciso de sentir que, se resolvesse partir agora, alguém colocaria a mão no meu ombro e me pediria para ficar, porque valeria a pena. Ninguém o fez. E eu permaneci. Talvez eu faça valer a pena ficar. Talvez não.






Agora vou contar-te algo que nunca contei antes... o meu coração pede-me todos os dias o teu sangue. Premente. Urgente. Teimoso. De uma forma pueril.
 
Como se não fosse possível haver um não.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Post ridículo. Pouco recomendável a pessoas susceptíveis e com tendência a acharem-me louca. Não estou. Sou. Talvez me ausente por uns tempos...









Às vezes não sei quem sou. Reconheço-me em mim. Conheço-me em cada imagem alienada que pinto, desta que também sou eu.




Às vezes dói cada sorriso que se me abre na boca. Sinto que os lábios se rasgam em tristeza contida na alma. Às vezes dói cada olhar fechado, humedecido pela claridade. Às vezes dói o silêncio. Às vezes dói cada palavra que fica por dizer, percorre o meu peito em labaredas e me transforma em cinzas levadas pela água. Às vezes dói cada palavra proferida, cada uma que de mim sai é um alfinete cravado na carne. Dói. É uma dor calada, uma dor que não conto, uma dor que dói e de tanto doer deixa de se sentir. Por momentos ausento-me de mim. Encarcero cada fragilidade minha nas masmorras de um castelo que eu própria ergui.




A minha maior prisão sou eu?

Não adianta perguntar. Já sei a resposta. 


Até breve. Talvez.

domingo, 15 de novembro de 2009

As mulheres e o sexo.

F: Olha, tenho uma pergunta para te fazer...
Eu: Faz...
F: Achas que se uma mulher nunca tiver vontade de fazer sexo com o marido pode correr o risco de ser traída?
Eu: Nunca, nunca?
F: Nunca, nunca...
Eu: Hum... então tenho a certeza que sim, que corre esse risco.
F: Oh... porra. Eu estava a falar de mim, entendes?
Eu: Entendo...
F: E continuas a achar o mesmo?
Eu: Obviamente que sim... Agora faço eu uma pergunta: o teu marido sabe cozinhar?
F: Não... nem uns ovos mexidos sabe fazer...
Eu: Então imagina que passas uma semana sem cozinhar... o que faria ele?
F: Possivelmente ia comer fora...
Eu: Pronto... agora queres que te faça um desenho?
F: Não. Porra, pareces mesmo um gajo a falar...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Se o meu olhar matasse...










... a taxa de mortalidade aumentava.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Do âmago.

O tempo tinha arrancado a inocência pueril de quem nada teme.


A sua chegada encheu-a de certezas e de incertezas carpidas na alma.



Ele prendeu-lhe fios de carinho nos cabelos soltos. Colocou-lhe flores no regaço.



... e a calçada outrora cimentada na carne e no âmago transformou-se em jardins que ele lhe semeara no peito aberto.












Porque todas as palavras soam ridículas,

porque nem sequer sabes que penso em ti enquanto as escrevo,

porque nem sequer me lês em cada entrelinha que me escorre dos dedos enquanto vou soltando frases carentes de significado...


... nem eu me compreendo, nem eu as entendo. Sou outra que não sou. Sou derrotada na minha fortaleza. Fico encarecerada nas masmorroras do meu próprio coração que teima em bater mais forte forte por ti.



Não me conheço. Não mais reconheço em mim aquela que julgava conhecer. Afinal, sou pequena e
 
 
 
 tenho medo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

É preciso ter galo...


Sabem quem é que consegue abrir a porta de um armário enquanto está a falar ao telemóvel... e acertar em cheio na cabeça? Sabem?





Pois... eu.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tu não sabes...







mas quando te conheci, apaixonei-me por ti...




...novamente.