quarta-feira, 22 de julho de 2009

De sal... ou outra coisa.

Fotografia de Paulo Madeira. Esta e outras (fantásticas) em www.olhares.com/moss ou www.paulomadeira.net

Enrodilhamo-nos.
Eu e tu. Perto.
O grito enfurecido do mar
enrocado
é colhido nas voltas das vagas...lá longe...
Um enredo de cheiros na tua pele e
na minha.
 
Acordo. Abro os olhos.
O tecto.
Branco. Vermelho. Negro.
Silencioso.
Duas lágrimas, roliças. Salgadas. Brandas.
Não eram de tristeza. Mas não sei do que são...
ainda.
 
Um novelo sem ponta solta.
(Des) canso-me de sal.

3 comentários:

Pedro Branco disse...

Perdemo-nos no tempo. Calados nos silêncios que as ondas transportam. Enrocadas perto do peito as memórias do tempo. Que perdemos calado. Onde o grito se faz paisagem e cada janela um novo regresso dos silêncios. Que se estendem na pele e no olhar sem pedir licença. Como uma cantiga do vento e das ondas. Essas que nos ciclam os sonhos e nos cobrem de solidão e paixão. Apenas memórias...

Anónimo disse...

Cheiros de peles que se misturam com as cores da ambiência.

As lágrimas serão o resultado da mistura?

Naty disse...

olá gostei deste teu cantinho com sabor a mar.
bjs