Estou aqui novamente. Na verdade, nunca cheguei a partir. Quando se anuncia uma partida isso não quer dizer que se tenha real intenção de partir. Anunciei a minha partida? Sim, anunciei. Tinha intenções de partir? Não, não tinha. As partidas nunca são fáceis. As bagagens costumam tornar-se cada vez mais pesadas à medida que se somam partidas e aquilo que se deixa para trás acaba por tornar-se parte da bagagem que levamos connosco. Eu nunca quis partir... mas isso não quer dizer que não o faça um dia destes. Às vezes sinto necessidade de provar a mim mesma que há razões para ficar, permanecer. Preciso de sentir que, se resolvesse partir agora, alguém colocaria a mão no meu ombro e me pediria para ficar, porque valeria a pena. Ninguém o fez. E eu permaneci. Talvez eu faça valer a pena ficar. Talvez não.
Agora vou contar-te algo que nunca contei antes... o meu coração pede-me todos os dias o teu sangue. Premente. Urgente. Teimoso. De uma forma pueril.
Como se não fosse possível haver um não.
2 comentários:
Quem parte definitivamente raramente se despede.
E tu não és mulher para despedidas.
Ou ficas ou vais. Assim, sem grandes anúncios.
É evidente que estás e estarás por aqui.
Beijo
Ainda bem que ficaste
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